Peripécia Coletiva

Peripécia Coletiva

sábado, 15 de setembro de 2007

Sem planos

Entre o Sonho e a Realidade
existe um amor, in
ardente como chama e,
singelo como a espécie imperador.

Entre paradoxos sensatos
não aceito viver sem você,
mas vivo, por você.
Faz anos.

Entre nós, confusão
profusão de sentimentos, estranho.
De repente, esse amor é out
meu e seu. Transmissão.

Permita, Jah, vivê-lo!
Mas, comigo, decepção.
Nada sei, sei, apenas dúvida.
e nas mãos, o destino - não minhas.

(Dan Rocha)

3 comentários:

Luciana Maline disse...

Preciso te ler um pouco mais para aprender o seu in entre sonho e realidade, e disso fazer parte de mim, como boa( e má ) extremista que sou.

Lindo,Dan !
Sinceras , apaixonantes e apaixonadas.

beijo grande.

Anônimo disse...

Dan,
não sabia que tinha um amigo poeta!

amei... amei... amei

bjuss

Nocivo disse...

Quando notei um tom pessoal fiquei receoso de fazer qualquer comentário, mas como todo poema é pessoal (de um forma ou de outra), deixei a frescura de lado rsrs.

Já no primeiro verso há um diálogo com Shakespeare:

“There are more things in heaven and earth, Horatio,
Than are dreamt of in your philosophy.”

Depois é a vez do amor estar acima de tudo, como relembra Renato Russo com o poema de Camões em “Monte Castelo”.
Sempre acho bom encontrar as influências de cada escritor na própria escrita, o que demonstra que ela nasce da leitura e do conhecimento.

Quando colocou “Entre paradoxos sensatos” ocorreu um paradoxo dentro de outro, um efeito difícil de se conseguir, já que entra uma força conceitual cognitiva muito forte. A oposição entre “in” e “out” também foi bem trabalhada, criou um jogo rítmico que não deixou o poema ficar parado em um lugar qualquer.

A última estrofe está numa esfera de “Só sei que nada sei”, ou “não permita Deus que eu morra” dentro de uma boa colocação das palavras.

Realmente, muito bom trabalho! =)